29 de novembro de 2024

O Pirógrafo, o que é?

por | arte da queima, ferramenta, história, pirografia

Pyrographo antigo do século XIX, da marca que até hoje existe Bourgeois Ainé Pyrographo

Como falar de Pyrographo sem falar de Pyrographia, algo bem difícil! As histórias se misturam e se conectam de tal forma que a existência do Pirógrapho só existe por conta da necessidade de existir a arte da Pyrographia. E sim como ferramenta foi uma invenção recente e amplificada nestes últimos dois séculos vividos pela humanidade, até o termo Pyrographia só começou a existir e se definiu como uma palavra para representar determinadas artes da queima, durante a Era Vitoriana no final do XIX, definindo Pyro = queima e Graphia = escrita significado traduzido diretamente da influência grega nas artes desta época.

Durante a esta linda era vitoriana, a invenção das máquinas de Pyrographia despertou um interesse generalizado no ofício, assim no final do século XIX, um arquiteto de Melbourne, na Austrália, chamado Alfred Smart descobriu que a tinta à base de água poderia ser aplicada quente na madeira bombeando vapores de benzolina através de um lápis de platina oco aquecido. Isso melhorou o processo de pokerwork (como era chamada antigamente a Pyrographia) ao permitir a adição de tingimento e sombreamento que antes eram impossíveis.

Fiz a pesquisa e nunca imaginei que a invenção do Pyrographo Químico era de um Australiano, incrível! Fiquei Surprreendida

No início do século XX, com a evolução que as máquinas tiveram com a invenção da eletricidade, o desenvolvimento da máquina elétrica de gravação em madeira com fio quente e pirográfica, isso automatizou ainda mais o processo de gravação, e virou um hit da época nos anos 20 as caixas de luvas pirogravadas lindamente, bem no estilo Art Nouveau e outros trabalhos eram populares naquela época.

A Pirografia moderna é normalmente feita com ferramentas de ponta sólida, que se assemelham, mas são mais sofisticadas do que ferros de solda ou ferramentas de fio quente. Essas ferramentas são aquecidas eletricamente por equipamentos que podem permitir que as temperaturas sejam ajustadas, produzindo assim uma grande variedade de tons e sombras naturais. Efeitos sutis ou ousados ​​podem ser obtidos, dependendo de muitos fatores, incluindo calor, pressão, tipo de madeira ou superfície e pontas de ferramentas usadas.

Estou pirografando a obra Folhagem Queimada com o Palante Pyrographo EM-7

Atualmente faço minhas pirogravuras usando o pirógrafo da marca Palante Pyrographos, uma marca brasileira que oferece todo suporte necessário em equipamentos e acessórios em todo Brasil, minha primeira experiência com um pirógrafo foi com um Palante CM-10 Escolar de 1988 que tínhamos, ao longo de um grande trabalho que estava fazendo ele pifou, era dos anos 80 super compreensível o desempenho cair, e resolvi adquirir um novo Palante um EM-7 de 2022 mais focado para artistas, estou usando ele e feliz, mas ambicionando um pirografo ainda mais profissional, ou industrial como eles chamam.

Conto minha história de como comecei a usar o pirógrafo antigo da minha mãe em minha Newsletter que escrevo aproximadamente a cada 15 dias, na plataforma do Substack, lá conto como é viver sendo uma artista da queima, mãe, empresária, cozinheira e doente crônica como acontece tudo isso no dia a dia do fogo da vida… E assim a minha Newsletter ganhou o nome “no fogo da vida…” Você pode acessar clicando aqui abaixo e ler meus contos pegando fogo!

Newsletter No Fogo da Vida…

 

Nanda Buono

Nanda Buono

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